quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Esta cidade nos dói todos os dias





Esta cidade nos dói todos os dias
seus fumos nos corroem nos corrompem
e poluídos no corpo procuramos
verdes prados nos campos da poesia.
Faltam tambores e sinos
clarins e violinos,
mil sons de sinfonia
que em meus ouvidos soem e ressoem
e não há borboletas de fantasia
que nos dêem flores onde poisar.
Apenas geométricos jardins delimitados
onde em cada flor há risco de contravenção
e um ruído surdo e absurdo que ensurdece
meus ouvidos fartos de cidade.