terça-feira, 7 de dezembro de 2010

No vaivém do coração





No vaivém do coração,
sempre dor de não chegar
ao fim para que tendo
este sonho esta ilusão
de chegar a Deus só a pensar

Cansei meus olhos de horizonte,
pela distância esvoacei,
ousando além do sol poente.
mas quando a noite desceu
pedi o norte às estrelas,
pelo sonho continuei

Sonhar não é fácil
é ter de ser.
Senão, apenas poeira amarelenta
na cidade onde tenho de viver.
Apenas angústias duvidosas,
silêncios sem sentido
e desespero sem porquê.
mas este poder ser
podendo na verdade ser
tudo venceria sem vencer

Fechar meus olhos e perder-me
na distância
que as palavras me prometem..
Aves palavras procurando
mais além dentro de mim,
aves palavras vagueando
na sinfonia do tempo sem fim