quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pelas ruas desta baixa pombalina





Pedestre peregrino pelas ruas
desta baixa labirinto,
vendo montras pedintes e turistas,
manifestações sociais propícias
a poemas sem rima neo-realistas.
Pelas ruas desta baixa pombalina
que vão todas dar ao centro
à praça do pensamento,
passa gente que passeia
entre gente que trabalha,
gravatas, saias, conversas,
corpos tocando ombros
e carros buzinando
num chinfrim sem fim.
gente que passa e repassa
gente gente numa enchente
mil sons de cor cinzenta
sob a mesma nuvem negra
que ensombra o horizonte.