quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Na mata das acácias


Na mata das acácias meu amor
em que o verde era mais verde
à sombra do teu calor
ungiu-nos deus o senhor do tempo
ao dar-nos o sol e o sonho
de uma primavera adolescente:
a mata das acácias nossa pátria
que conhecíamos inteira e proibida

Tanto tempo se passou dentro de nós
que nem tuas mãos sei de cor como sabia
Agora apenas somos a memória do que fomos
apenas recordações de um sonho adolescente
que as brumas do tempo consumiram
Na mata das acácias meu amor
foi a fogueira em flor
de uma primavera por cumprir
A mata das acácias minha pátria.